Maputo, 14 ago (Xinhua) -- Na quarta-feira, as autoridades moçambicanas detiveram uma mulher moçambicana de 66 anos em Maputo, capital do país, por suspeita de ser a mandante de uma rede transnacional de sequestros com conexões na Europa.
A detida, em conluio com seu filho residente na Europa, é acusada de coordenar uma série de sequestros na cidade de Maputo e em outras regiões do país, usando operações financeiras sofisticadas para financiar os crimes.
De acordo com Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na cidade de Maputo, a prisão foi resultado de uma operação prolongada que tinha como objetivo desmantelar a rede responsável pelos sequestros.
Segundo ele, o crime de rapto é um crime organizado e transnacional, que envolve não só executores, mas também mandantes que operam em outros continentes.
A mulher detida vai enfrentar acusações, incluindo a de ser responsável pela gestão financeira da rede criminosa, recebimento de cheques assinados por seu filho e distribuição dos fundos entre vários indivíduos envolvidos para a aquisição de veículos, pagamento de executores e aluguel de imóveis usados como esconderijos.
Além disso, de acordo com Lole, a polícia conseguiu apreender dispositivos eletrônicos com informações cruciais para a investigação e recuperar um veículo usado em um sequestro em abril.
Duas vítimas, sequestradas em abril e agosto deste ano, foram resgatadas e, desde então, voltaram para suas famílias.
Em uma nota à imprensa, a suspeita negou as acusações, mas o SERNIC continua suas investigações e mantém os esforços para localizar seu filho, que continua foragido na Europa.
O porta-voz do SERNIC pediu aos proprietários de imóveis cujas instalações são usadas como esconderijos que permaneçam vigilantes e informem qualquer atividade suspeita às autoridades de investigação criminal. Ele também pediu a cooperação das vítimas e de suas famílias no combate a esses crimes.

