Cooperação espacial China-África beneficia pessoas em todo o continente-Xinhua

Cooperação espacial China-África beneficia pessoas em todo o continente

2024-09-01 11:01:55丨portuguese.xinhuanet.com

Foguete transportador Long March-2C carregando o satélite MISRSAT-2 decola do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China, no dia 4 de dezembro de 2023. (Foto por Wang Jiangbo/Xinhua)

Beijing, 30 ago (Xinhua) -- O MISRSAT-2, um satélite egípcio de sensoriamento remoto óptico de alta resolução, está orbitando a mais de 600 km acima do solo, fornecendo ao país África do Norte serviços como pesquisas de recursos, monitoramento e avaliação de desastres ambientais, planejamento urbano e avaliação do crescimento de safras para agricultura e silvicultura.

Lançado da China em dezembro de 2023, o MISRSAT-2 foi montado e testado no centro AIT (montagem, integração e teste, em tradução livre) auxiliado pela China no Egito, sendo o primeiro país africano com capacidade AIT completa de satélite.

A colaboração entre a China e o Egito destaca o sucesso da cooperação espacial China-África, levando a avanços formidáveis ​​nas exportações de satélites, além de compartilhamento de recursos, troca de tecnologia espacial e desenvolvimento de infraestrutura no campo espacial.

A China desenvolveu e lançou vários satélites para países africanos, incluindo dois satélites de comunicação para a Nigéria em 2007 e 2011, respectivamente, um satélite de comunicação para a Argélia em 2017, um satélite cubo para a Etiópia em 2019, um satélite experimental científico para o Sudão em 2019 e o MISRSAT-2 para o Egito em 2023.

Em 2017, a China lançou o primeiro satélite de comunicações da Argélia, o Alcomsat-1, que agora oferece suporte para transmissão, televisão, acesso de banda larga e comunicações móveis e de emergência. O significado do satélite é tão importante que sua imagem está nas notas de 500 dinares da Argélia como símbolo nacional de orgulho.

De acordo com o Plano de Ação de Dacar (2022-2024) do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês), adotado pela 8ª Conferência Ministerial do FOCAC realizada em Dacar, Senegal, em novembro de 2021, a China e a África trabalhariam ativamente para o estabelecimento de um subfórum de cooperação espacial China-África sob a estrutura do FOCAC.

Ambos os lados se concentrariam em apoiar projetos relacionados a sensoriamento remoto por satélite e satélites de comunicação para impulsionar o desenvolvimento da indústria espacial dos países africanos.

MELHORANDO A VIDA DAS PESSOAS

Uma rede de satélites e estações terrestres em todo o continente africano avançou a indústria espacial e melhorou significativamente a vida dos moradores locais.

Por exemplo, o Sistema de Satélite de Navegação BeiDou (BDS) tem sido muito usado na agricultura, no planejamento urbano, na construção de infraestrutura e em serviços de tráfego na África.

O primeiro Fórum de Cooperação BDS China-África foi realizado em Beijing em novembro de 2021, onde os dois lados concordaram em fortalecer a cooperação em áreas como BDS, 5G e construção de cidades inteligentes.

Na cidade de Xai-Xai, localizada na província de Gaza, no sul de Moçambique, agricultores locais usam drones movidos a BDS para pesquisar campos, plantar sementes e pulverizar pesticidas. Ao contrário da pulverização manual, que cobre apenas três a quatro mu (1 mu equivale a cerca de 666 metros quadrados) de terra por hora, os drones pulverizam pesticidas em centenas de mu ao mesmo tempo, até mesmo de noite.

“O modelo preciso de agricultura ‘BDS e drones’ é uma tentativa benéfica na cooperação de tecnologia agrícola entre China e Moçambique. A tecnologia agrícola chinesa fez uma contribuição importante para a segurança alimentar de Moçambique”, disse Danilo Latifo, diretor do departamento de agricultura na província de Gaza.

Em Burkina Faso, um hospital construído durante a pandemia de COVID-19 usou serviços de alta precisão BDS para levantamento e mapeamento de construção. A pesquisa foi concluída em apenas seis dias, reduzindo o tempo de construção em mais da metade.

TREINANDO TALENTOS LOCAIS

Além de oferecer produtos e serviços espaciais, a China também ajuda a treinar talentos africanos, estabelecendo uma base sólida para o futuro dos empreendimentos espaciais africanos.

No começo de agosto, uma sessão de treinamento na China recebeu 36 jovens profissionais técnicos e de gestão de países em desenvolvimento, incluindo Egito, Etiópia e Ruanda. Eles aprenderam sobre tecnologia da informação e comunicação, Internet via satélite, gestão de qualidade e engenharia de sistemas na indústria espacial.

A sessão foi organizada pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento sob a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China.

“Recentemente, China e Egito estão realizando projetos cooperativos relacionados à missão Chang'e-7. Pra mim, é muito significativo aprender aqui”, disse Shimaa Soultan, engenheira de testes de carga útil de satélite da Agência Espacial Egípcia e estagiária.

A China e a África também cooperaram para promover o conhecimento espacial entre os jovens, ajudando o continente africano a abraçar o futuro da indústria espacial.

Em 6 de setembro de 2022, uma aula ao vivo chamada “Fale com Taikonautas” foi realizada na sede da União Africana em Adis Abeba, Etiópia, com estudantes da Argélia, Egito, Etiópia, Namíbia, Nigéria, Senegal, Somália e África do Sul se juntando à palestra em sub-locais.

Três taikonautas da tripulação da Shenzhou-14 da China, Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe, se conectaram com jovens desses países africanos por meio de transmissão de vídeo, compartilhando suas experiências da missão Shenzhou-14.

De acordo com a Missão da China na União Africana, desde 2014, a China concedeu bolsas de estudo a estudantes de pós-graduação de oito países africanos, sendo Argélia, Egito, Etiópia, Togo, Camarões, Moçambique, Nigéria e Sudão para estudar sistemas de sensoriamento remoto e informação geográfica, comunicação e navegação por satélite e tecnologia de pequenos satélites.

A China também realizou atividades de cooperação e intercâmbio em ciência espacial e inovação tecnológica com universidades e instituições de pesquisa em países como Egito, Argélia, Nigéria, Tunísia, Camarões e Marrocos.

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