Lisboa, 6 set (Xinhua) -- O ministro da Educação de Portugal, Fernando Alexandre, admitiu na sexta-feira que o novo ano letivo começará com milhares de alunos sem professores designados, uma situação que ele descreveu como uma "falha grave" no sistema de educação pública.

Falando em Barcelos, distrito de Braga, ao norte de Portugal, Alexandre observou que os esforços do governo anterior para resolver a questão provavelmente pioraram o problema, mas o governo agora está trabalhando com medidas para lidar com a escassez, com várias iniciativas anunciadas recentemente e mais esperadas para a próxima semana.

Apesar dos esforços em andamento, Alexandre reconheceu que a escassez, que piorou nos últimos oito anos, não será resolvida rapidamente.

O governo pretende reduzir o número de alunos sem professor em 90% este ano. No ano passado, cerca de 20 mil alunos ficaram sem professor em pelo menos uma disciplina durante o primeiro semestre.

Alexandre ressaltou que a solução também está nos diretores das escolas, que desempenham um papel fundamental na organização dos horários e no recrutamento.

Este anúncio segue as observações do primeiro-ministro Luís Montenegro no início desta semana, que expressou preocupação de que o governo não pudesse garantir o pessoal completo nas escolas de um mês para o outro.

Montenegro enfatizou que resolver essas questões exigiria uma abordagem sistêmica de longo prazo para garantir a igualdade de acesso à educação.