Lhasa, 9 set (Xinhua) -- A Região Autônoma de Xizang, no sudoeste da China, criou no sábado um instituto de pesquisa para o estudo dos "Quatro Tratados da Medicina Tibetana", um clássico da medicina tibetana, localizado na Universidade de Medicina Tibetana.
Escritos entre os séculos VIII e XII, os "Quatro Tratados da Medicina Tibetana" são a obra fundamental mais influente da medicina tibetana. Os textos refletem de forma abrangente a trajetória histórica da medicina tibetana e desempenham um papel importante no desenvolvimento do campo em todo o Planalto Qinghai-Xizang e nas regiões trans-Himalaia e Mongólia.
A obra foi incluída na lista de patrimônio de documentos de arquivo chineses e no Registro Internacional da Memória do Mundo da UNESCO, tornando-se um dos tesouros da cultura tradicional da China.
Os "Quatro Tratados da Medicina Tibetana" representam o mais alto nível da medicina tibetana, e a criação do instituto visa promover a pesquisa científica sobre suas teorias e aplicá-las à prática clínica, melhorando assim a eficácia clínica da medicina tibetana, disse Migmar, presidente da universidade.
Como a única universidade da China criada especificamente para a medicina tibetana, a Universidade de Medicina Tibetana tem mais de 2.600 alunos em seu campus, sendo os "Quatro Tratados da Medicina Tibetana" seu principal clássico de ensino. Até agora, a universidade treinou mais de 8 mil profissionais em medicina tibetana.
O instituto de pesquisa planeja convidar especialistas nacionais e internacionais para realizar pesquisas aprofundadas regulares e revisões sistemáticas dos "Quatro Tratados da Medicina Tibetana". Os resultados das pesquisas devem ser publicados no futuro, de acordo com a universidade.