Beijing, 21 nov (Xinhua) -- A Administração Nacional de Energia (ANE) da China informou nesta quinta-feira que emitiu 1,23 bilhão de certificados de eletricidade verde (GECs, sigla em inglês) em outubro, uma vez que a China, líder global em energia limpa, continua a progredir em direção às suas metas de pico e neutralidade de carbono.
Os certificados, que representam a produção de energia renovável, incluíram 530 milhões de energia eólica, ou 43,01% do total, e 197 milhões de energia solar, correspondendo a 16,02%.
Até o fim de outubro, a China havia emitido cumulativamente 3,55 bilhões de GECs, com certificados de energia eólica e solar totalizando 1,32 bilhão e 681 milhões, respectivamente.
Os GECs são a única prova dos atributos ambientais da energia renovável na China e servem como o único certificado para verificar a produção e o consumo de energia renovável, de acordo com as regras relevantes.
No mês passado, 25,42 milhões de GECs foram negociados em todo o país. Cumulativamente, até o fim de outubro, 384 milhões de GECs haviam sido negociados, informou a ANE.
A China introduziu o sistema de certificados verdes como um programa-piloto em 2017. Em dezembro de 2023, a ANE emitiu o primeiro lote de GECs, totalizando 11,91 milhões, após ser designada como a autoridade responsável pela gestão do GEC.
A China estabeleceu a estrutura de política mais sistemática e abrangente do mundo sobre redução de emissões de carbono, alcançando resultados significativos na transição energética, disse Wen Hua, funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o mais alto órgão de planejamento econômico do país.
A capacidade total instalada de energia eólica e solar atingiu as metas internacionalmente comprometidas do país mais de seis anos antes do previsto, disse Wen em um evento do Pavilhão da China em 15 de novembro, durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), em Baku, no Azerbaijão.
A estrutura industrial da China foi otimizada e atualizada, resultando na maior e mais completa cadeia do setor de nova energia do mundo, disse Wen, acrescentando que a produção anual de veículos de nova energia da China já ultrapassou a marca de 10 milhões em 2024.
A expansão da energia renovável da China continua a bater novos recordes, com mais de 200 milhões de quilowatts de capacidade recém-instalada para geração de energia renovável nos três primeiros trimestres de 2024, representando mais de 80% do total da nova capacidade instalada.
As instalações de energia eólica e solar lideraram o crescimento, com a energia solar adicionando 161 milhões de quilowatts e a energia eólica contribuindo com 39,12 milhões de quilowatts nesse período, segundo os dados oficiais.
Em 2023, o consumo total de eletricidade GEC da China atingiu 105,9 bilhões de kWh, representando um aumento anual de 281,4%, enquanto a China emergiu como o maior mercado do mundo para o comércio de certificados verdes, de acordo com um relatório divulgado em agosto de 2024 por um instituto de pesquisa da China Southern Power Grid.
Esse rápido crescimento está alinhado com a meta da China de atingir o pico de emissões de carbono antes de 2030, de acordo com a CNDR.
Há quatro anos, a China anunciou suas metas duplas de carbono de atingir o pico das emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Desde então, a China tem avançado constantemente na transição energética e alcançado avanços notáveis, contribuindo significativamente para a resposta climática e a transição ecológica globais.
A China está realizando uma rápida transformação na estrutura de energia, disse o renomado economista norte-americano Jeffrey Sachs em uma recente entrevista à Xinhua, observando que o país também está possibilitando essa transformação em todo o mundo ao exportar tecnologias ecológicas, que são uma parte fundamental da solução para a mudança climática, por meio de boas parcerias em todo o mundo.