Entrevista: Malta busca impulsionar cooperação científica e tecnológica com a China, diz CEO da Agência Science Malta-Xinhua

Entrevista: Malta busca impulsionar cooperação científica e tecnológica com a China, diz CEO da Agência Science Malta

2024-11-21 10:43:13丨portuguese.xinhuanet.com

CEO da Agência Science Malta, Silvio Scerri, fala durante entrevista com a Xinhua em Kalkara, Malta, no dia 7 de novembro de 2024. (Foto por Jonathan Borg/Xinhua)

Valeta, 19 nov (Xinhua) -- Malta está buscando fortalecer sua colaboração com a China em ciência e tecnologia, com base no relacionamento de longa data entre os dois países, no contexto do impulso de Malta na internacionalização de pesquisa e inovação (P&I), disse o CEO da Agência Science Malta, Silvio Scerri.

A China fez avanços significativos em vários campos tecnológicos, incluindo manufatura inteligente e energias renováveis, se tornando líder global em tecnologia, disse Scerri em entrevista recente à Xinhua. "É essencial estender nossa cooperação, particularmente em áreas como energia renovável, automação e assistência médica".

Scerri elogiou os avanços da China em ciência e tecnologia, destacando a liderança do país em inovação de baterias de íons de lítio e sua posição como o maior mercado de veículos elétricos (EVs) do mundo. Empresas como a BYD tiveram um rápido crescimento, observou ele, juntamente com o papel de liderança da China no desenvolvimento de infraestrutura 5G e sua pesquisa inicial em tecnologia 6G.

Em energia renovável, Scerri destacou o progresso significativo da China em energia solar e eólica, captura de carbono e tecnologias de armazenamento de energia. Ele também reconheceu os avanços da China em automação industrial, particularmente em setores de manufatura como eletrônicos e automotivo. Robôs de serviço também estão sendo desenvolvidos na China para aplicações em assistência médica, hospitalidade e logística, acrescentou ele.

Scerri destacou as contribuições globais essenciais da China no avanço da inovação tecnológica global, observando que a China tornou as tecnologias de energia renovável mais acessíveis e baratas globalmente.

"A China permite que os países em desenvolvimento construam infraestrutura digital, incluindo redes de banda larga, data centers e recursos de comércio eletrônico", disse ele, acrescentando que isso está ajudando a "fomentar o desenvolvimento econômico mais amplo e a reduzir a exclusão digital global".

Refletindo sobre a parceria robusta e crescente entre Malta e a China em ciência e tecnologia, Scerri expressou satisfação com o progresso atual e otimismo para futuras colaborações.

Em setembro, Scerri visitou a China para copresidir a 4ª reunião da Comissão Conjunta entre o Ministério da Ciência e Tecnologia da China (MOST) e a Agência Science Malta (SM). A reunião da Comissão Conjunta serviu para revisar o progresso da cooperação científica sino-maltês e discutir iniciativas futuras sob o Fundo Sino-Malta, lançado inicialmente em 2019.

Desde então, a parceria resultou em seis chamadas anuais para propostas de pesquisa e apoiou 17 projetos em áreas como tecnologias digitais, transições azul e verde e saúde. "Foi muito encorajador resumir o sucesso do programa sino-maltês", observou Scerri.

Em 2002, China e Malta assinaram um acordo para aprimorar a colaboração científica, com foco na transferência de tecnologia, mobilidade de pesquisadores e construção de redes entre indústrias, universidades e instituições de pesquisa. O acordo nomeou MOST e SM como agências implementadoras para cooperação dentro de seus respectivos ecossistemas de P&I.

Durante a recente visita de Scerri à China, a Associação de Ciência e Tecnologia de Beijing (BAST, na sigla em inglês) e a SM assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para fortalecer a comunicação científica e a educação científica para jovens com foco na participação na "Semana Internacional de Beijing para Alfabetização Científica", além de colaborações em publicação científica e comunicação científica digital.

A SM também está explorando colaborações com a Academia Chinesa de Ciências para intercâmbios de pesquisadores e com a Fundação Nacional de Ciências Naturais da China para colaborações mais amplas, de acordo com Scerri.

"Queremos cooperar ainda mais e diversificar a oferta do portfólio de P&I sino-maltês na Science Malta", observou Scerri.

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