Shenzhen, 22 nov (Xinhua) -- Na planta de montagem da BYD Company Ltd., fabricante líder de veículos de nova energia (NEVs) da China, com sede em Shenzhen, Província de Guangdong, após a montagem por robôs inteligentes, novos carros estão saindo da linha de produção. A partir dos portos em Shenzhen, serão enviados para o Brasil, Peru e outros países da América Latina.
Nos primeiros dez meses deste ano, as importações e exportações dessa cidade para o Brasil totalizaram 48,07 bilhões de yuans (US$ 6,64 bilhões), um aumento de 39,2% ante o mesmo período do ano passado. Entre eles, os NEVs são responsáveis por 3,75 bilhões de yuans (US$ 517,97 milhões), um crescimento de 253,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
"A BYD tem colocado modelos diversificados no mercado brasileiro, onde ocupa uma grande participação. Até o momento, as exportações da BYD para o Brasil deste ano já registra um crescimento de mais de 300%, o que é muito impressionante." disse Liu Feng, funcionário da empresa.
Este ano, o Porto de Yantian, em Shenzhen, abriu uma nova rota para o porto brasileiro de Santos, ampliando ainda mais o intercâmbio econômico e comercial entre os dois países.
Conforme dados da alfândega de Shenzhen, nos três primeiros trimestres deste ano, as mercadorias exportadas para o Brasil pelo Porto de Yantian atingiram 24,45 bilhões de yuans (US$ 3,38 bilhões), um aumento de 48,6% em relação ao mesmo período do ano passado, dos quais o número de NEVs chegou a 2.666.
Nos primeiros três trimestres deste ano, as importações e exportações acumuladas da cidade de Shenzhen totalizaram 3,37 trilhões de yuans (US$ 465 bilhões), ficando em primeiro lugar entre as cidades de comércio exterior da China.
As vendas crescentes de NEVs da China na América Latina é um exemplo vívido do grande potencial do desenvolvimento de comércio exterior da cidade.
De produtos tradicionais do comércio exterior, como telefones celulares, computadores, eletrodomésticos, para novos produtos de tecnologia de ponta, como NEVs, baterias de lítio e produtos fotovoltaicos, os produtos de alto valor agregado de Shenzhen estão explorando ativamente o mercado da América Latina. Enquanto isso, produtos minerais, mirtilos, abacates e uvas da América Latina, através de navios de carga, são transportados para Shenzhen.
Conforme a alfândega de Shenzhen, nos primeiros três trimestres deste ano, o volume de comércio da cidade com a América Latina chegou a 180,37 bilhões de yuans (US$ 24,9 bilhões), um aumento de 26,8%, representando 5,3% do total. Entre eles, os com o México, Brasil e Costa Rica, registraram um aumento de 19,7%, 45,3% e 119,7%, respectivamente.
Além de comércio bilateral crescente, mais investimentos desde Shenzhen foram feitos no Brasil.
No estado do Amazonas, nove empresas chinesas já estabeleceram filiais, incluindo a TCL e a BYD, gerando renda e empregos para a população local, afirmou Wilson Miranda Lima, governador do estado do Amazonas, ao participar do Fórum Econômico Brasil-China (Shenzhen), em janeiro deste ano.
Em maio deste ano, na Conferência de Intercâmbio Comercial e Promoção da Imagem da Cidade de Shenzhen no Brasil, em São Paulo, Brasil, uma dúzia de acordos de cooperação econômica e comercial foi assinada, com um valor de mais de 2,4 bilhões de yuans (US$ 331 milhões).