Beijing, 10 dez (Xinhua) -- De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Cafeeiro nas Cidades Chinesas 2024, o setor cafeeiro chinês alcançou um volume de 265,4 bilhões de yuans (US$ 36,65 bilhões) em 2023, cifra que poderá aumentar para 313,3 bilhões de yuans (US$ 43,27 bilhões) em 2024.
Conforme o documento citado acima, nos últimos três anos, o setor de café da China registrou uma taxa média anual de crescimento composto de 17,14%, e em termos de consumo, o valor médio per capita atingiu 16,74 xícaras de café por ano.
Segundo outro relatório divulgado pela Federação Mundial do Setor de Refeições Chinesas em conjunto com o setor empresarial, no ano passado, as importações totais de grãos de café da China ficaram em 150 mil toneladas, com taxa de crescimento superior a 20%, totalizando quase 6 bilhões de yuans.
Por outro lado, o Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de grãos de café arábica do mundo, exportou para a China, entre julho de 2023 e junho de 2024, 1,65 milhão de sacas de grãos de café (com 60 kg de peso unitário), o sétimo maior mercado de exportação desse produto do Brasil, conforme um relatório divulgado pelo Conselho de Exportadores de Café do Brasil.
O relatório da Federação Mundial do Setor de Refeições Chinesas aponta que, o mercado de consumo de café da China passou por uma evolução do domínio do café instantâneo para o café moído na hora, sendo que este último possui um tamanho de mercado de mais de 120 bilhões de yuans. Estima-se que este tipo de preparo de café, também chamado café fresco, tornará rapidamente a corrente principal de consumo, com a participação de mercado aumentando de menos de 40% para mais de 80%.
Ao mesmo tempo, os cenários de consumo do café fresco estão se tornando mais diversificados. Além do rápido crescimento do número de cadeias de cafeterias especializadas e cafeterias independentes, também pode se tomar café em restaurantes de fast food, casas de chá, lojas de conveniência, e até por máquinas de autoatendimento de café.
Em termos de distribuição geográfica, Shanghai, Guangzhou, Beijing, Chengdu e Shenzhen são as cinco cidades com o maior número de lojas de café no país. Enquanto isso, nas cidades de terceiro, quarto e quinto níveis, surgem cada vez mais lojas de café. Em setembro de 2022, o número de lojas de café nas cinco principais cidades representava 23% do total do país e, em setembro de 2024, a proporção já era inferior a 19%, diz o relatório da Federação Mundial do Setor de Refeições Chinesas.
Apesar do rápido desenvolvimento do mercado chinês cafeeiro, o nível de consumo per capita ainda está longe de mercados maduros como Japão, Coreia do Sul, Europa e os Estados Unidos, o que mostra um enorme espaço para desenvolvimento. Os investidores continuam otimistas em relação ao mercado de café da China.