Beijing, 12 dez (Xinhua) -- A China pede que o Canadá reflita sobre sua própria situação e cesse sua interferência nos assuntos internos da China, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, na quarta-feira, referindo-se às recentes sanções canadenses contra funcionários chineses.
Mao fez as observações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitada a comentar sobre as sanções impostas contra certos indivíduos chineses por supostas violações de direitos humanos que a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, anunciou na terça-feira.
"Sem qualquer base factual, o governo canadense fez falsas alegações contra a China em nome dos direitos humanos e impôs sanções ilícitas a funcionários chineses", disse Mao.
Ela observou que isso constitui uma interferência grosseira nos assuntos internos da China e é uma violação grave do direito internacional e das normas básicas que regem as relações internacionais. A China se opõe firmemente e condena com veemência as ações do Canadá, disse ela.
O governo chinês segue uma filosofia de desenvolvimento centrada nas pessoas e atribui importância absoluta ao respeito e à proteção dos direitos humanos, disse Mao. O fato é que a China alcançou um enorme progresso no campo dos direitos humanos e fez importantes contribuições para a causa global dos direitos humanos, e é impossível negar isso sem preconceitos, enfatizou.
Ela indicou que o Canadá está enfrentando sua própria lista de problemas de direitos humanos e que seu histórico de direitos humanos está longe de ser impecável. Ainda hoje, a população indígena do Canadá enfrenta discriminação racial sistêmica e tratamento injusto.
"Em vez de lidar com isso, o Canadá optou por caluniar e difamar outros países e está espalhando mentiras sobre os supostos problemas de direitos humanos da China. Essa atitude é como um ladrão gritando 'Pega ladrão!' e não convencerá o mundo", disse Mao.
Os fatos revelaram os padrões duplos e a hipocrisia do Canadá, disse ela. O Canadá não está em posição de dar lições aos outros sobre direitos humanos ou apontar o dedo para situações de direitos humanos em outros países e não tem o direito de agir como juiz e impor sanções arbitrariamente.
A China pede encarecidamente que o Canadá reflita sobre sua própria situação, pare de interferir nos assuntos internos da China, pare de minar os interesses e a imagem da China sob o pretexto de uma causa de direitos humanos, acabe com sua manobra política grosseira e suspenda imediatamente suas sanções ilegais contra o pessoal chinês relevante, enfatizou Mao.
"Tomaremos todas as medidas necessárias para defender nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento com firmeza", disse ela.