Rio de Janeiro, 29 jan (Xinhua) -- O governo brasileiro fechou 2024 com um total arrecadado em impostos e contribuições federais de 2,65 trilhões de reais (US$ 452,1 bilhões), informou a Receita Federal nesta terça-feira.
O valor é o maior registrado desde o início da série histórica em 1995 e representa um crescimento real de 9,6% em relação ao ano anterior. Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou 2,7 trilhões de reais (US$ 461,5 bilhões) no ano passado, contra 2,47 trilhões em 2023.
Segundo a Receita, o aumento se deve principalmente à expansão da atividade econômica, que impactou positivamente a arrecadação, além da volta da tributação sobre combustíveis, entre outros fatores.
Em entrevista coletiva para apresentar os dados, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou o aumento da atividade econômica como um dos principais fatores para esse resultado.
"Esses números expressivos mostram que a economia brasileira continua em trajetória de crescimento sustentado, o que se reflete diretamente no aumento da arrecadação tributária", afirmou.
No ano passado, os principais indicadores apontaram para um bom desempenho macroeconômico do setor produtivo. A produção industrial cresceu 3,22%, as vendas de bens 3,97% e as vendas de serviços 2,9%. O valor em dólares das importações foi positivo em 8,65% e a massa salarial cresceu 11,78%.
Segundo Barreirinhas, o resultado também reflete uma abordagem que priorizou o monitoramento e a arrecadação de impostos sobre grandes rendas passivas e a tributação dos superricos.
"Estamos trabalhando para trazer para o sistema tributário aqueles que não pagaram impostos, para trazer para o sistema tributário aqueles que têm patrimônio de centenas de milhões de reais em fundos fechados em outros países, e que nunca pagaram", ressaltou.
O governo se propôs a aumentar as receitas na tentativa de fechar o déficit fiscal até 2024. Os números finais das contas públicas do ano passado ainda não foram divulgados.