Beijing, 4 abr (Xinhua) -- Grupos industriais da China expressaram nesta sexta-feira firme oposição à medida dos EUA de cancelar o tratamento de isenção de impostos para pacotes de baixo valor da China.

Isso ocorre após o anúncio da administração dos EUA de que, a partir de 2 de maio, os pacotes avaliados em até US$ 800 provenientes da parte continental da China e da Região Administrativa Especial de Hong Kong não estarão mais isentos de impostos.

O Conselho Nacional da Indústria Leve da China disse em uma declaração que a medida dos EUA interrompe a ordem comercial normal entre a China e os EUA, afeta a cooperação industrial global e prejudica os direitos e interesses dos consumidores, inclusive os dos EUA.

Chamando-a de uma ação autodestrutiva, o grupo do setor afirmou que a medida não apenas prejudica a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais para bens de consumo industriais leves, mas também prejudica os interesses de todas as partes, incluindo os EUA.

O grupo industrial pediu que a administração dos EUA respeite as regras de mercado, reconheça as necessidades das pessoas e suspenda suas práticas erradas. Também solicitou à comunidade internacional que resista conjuntamente à intimidação comercial e proteja firmemente um sistema de comércio internacional igualitário e mutuamente benéfico.

Em uma declaração separada, o Conselho Nacional de Têxteis e Vestuário da China expressou forte oposição às ações hegemônicas dos EUA, que interrompem a ordem da cadeia de suprimentos internacional e aumentam os custos comerciais por meio de medidas administrativas internas.

A declaração observou que o tratamento isento de impostos para pacotes de baixo valor é uma prática reconhecida internacionalmente para a facilitação do comércio. "O lado americano desconsidera as realidades práticas, viola o princípio de não discriminação da OMC e contradiz o espírito do comércio justo", disse a declaração.

"Tais ações enfraquecem a resiliência da cadeia de suprimentos têxtil global e, em última análise, prejudicarão os interesses de todas as partes, incluindo as empresas e os consumidores dos EUA", de acordo com a declaração.