Beijing, 11 abr (Xinhua) -- A China aumentará as tarifas adicionais sobre produtos importados dos Estados Unidos para 125%, a partir de sábado, anunciou nesta sexta-feira a Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado.
O anúncio segue o movimento dos EUA de aumentar as "tarifas recíprocas" sobre as importações chinesas para 125%. A comissão disse que a imposição pelos EUA de tarifas excessivamente altas sobre a China viola seriamente as regras econômicas e comerciais internacionais, vai contra as leis econômicas básicas e o senso comum, e não passa de bullying e coerção unilaterais.
Também na sexta-feira, um porta-voz do Ministério do Comércio da China disse que os EUA devem assumir plena responsabilidade por suas medidas tarifárias unilaterais, que causaram interrupções significativas e graves turbulências na economia mundial, nos mercados globais e no sistema multilateral de comércio.
O porta-voz disse que a iniciativa dos EUA de adiar a imposição de tarifas elevadas sobre determinados parceiros comerciais, sob pressão da China e de outras partes, representa apenas um passo simbólico e mínimo, e a natureza do uso da coerção comercial pelos EUA para seus próprios ganhos não mudou.
A China pede que os EUA corrijam imediatamente suas práticas erradas e cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais impostas ao país, disse o porta-voz.
A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado afirmou que, mesmo que os EUA imponham tarifas ainda mais altas, isso não faria mais sentido do ponto de vista econômico e acabaria sendo considerado uma piada na história econômica mundial.
"Dado que já é impossível para o mercado chinês aceitar as importações dos EUA no atual nível tarifário, se os EUA impuserem mais tarifas sobre os produtos chineses, a China as ignorará", afirmou.
Entretanto, se os EUA persistirem em minar substancialmente os interesses chineses, a China tomará contramedidas firmes e lutará até o fim, acrescentou a comissão.
"A China continua aberta a consultas com os EUA, mas acredita que ameaças e pressões não são as abordagens corretas para se envolver com a China", disse o porta-voz do Ministério do Comércio, pedindo aos EUA que resolvam as diferenças com a China por meio do diálogo baseado no respeito mútuo.