* A exposição incentivou a cooperação econômica e comercial entre a China e os países do Sul da Ásia, proporcionando um impulso constante ao crescimento regional e injetando maior segurança à economia global.

* Ao mesmo tempo em que consolidam a cooperação em áreas tradicionais, a China e os países do Sul da Ásia expandiram a cooperação em áreas emergentes, como novas energias, energia fotovoltaica, veículos elétricos, tecnologia digital e comércio eletrônico transfronteiriço, para ter benefícios complementares.

Por Wu Yan

Colombo/Kunming, 21 jun (Xinhua) -- Na 9ª edição da Exposição China-Sul da Ásia, realizada em Kunming, capital da província de Yunnan, no sudoeste da China, o empresário cingalês, U.A. Ajith, expôs mais do que seus produtos.

Mudando seu foco do artesanato individual com cascas de coco para o desenvolvimento de uma cadeia abrangente da indústria do coco, a transformação empresarial de Ajith exemplifica a evolução mais ampla da exposição, de uma plataforma de exposição para uma que promove forte integração industrial, inovação verde e coordenação regional.

A exposição incentivou a cooperação econômica e comercial entre a China e os países do Sul da Ásia, proporcionando um impulso constante ao crescimento regional e injetando maior segurança à economia global.

Visitantes no Pavilhão do Sul da Ásia na 9ª edição da Exposição China-Sul da Ásia em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China, no dia 19 de junho de 2025. (Xinhua/Hu Chao)

COOPERAÇÃO MÚTUA

Lançada em 2013, a exposição cresceu em tamanho e em escopo. O evento deste ano, com o Sri Lanka como país de honra, teve participação de 73 países, regiões e organizações internacionais e reuniu mais de 2.500 empresas de todo o Sul e Sudeste Asiático.

O número de pavilhões aumentou de seis para 16, com quase 70% agora dedicados a setores profissionais como manufatura, energia verde, indústria do café e medicina tradicional chinesa.

Em 2024, o comércio entre a China e o Sul da Ásia atingiu quase 200 bilhões de dólares americanos, dobrando na última década com uma taxa média de crescimento anual de 6,3%, de acordo com dados do Ministério do Comércio da China.

A China manteve seu status como o maior parceiro comercial de países como Paquistão e Bangladesh. Produtos do Sul da Ásia, desde a caxemira nepalesa e o lápis-lazúli afegão até joias indianas e chás e especiarias do Sri Lanka, continuam conquistando a preferência dos consumidores chineses.

Para apoiar ainda mais as exportações do Sul da Ásia, a China tomou medidas concretas, incluindo o lançamento de iniciativas de pesquisa conjunta com o Paquistão, a promoção da exportação de frutos do mar das Maldivas e o estabelecimento de grupos comerciais com Bangladesh e Sri Lanka.

"A disposição da China em importar mais bens e serviços de alta qualidade é encorajadora para os produtores do Sri Lanka, principalmente em setores como agricultura, aquicultura, vestuário e produtos de bem-estar", disse Prasad Wijesuriya, secretário-geral da Associação de Amizade Sri Lanka-China, acrescentando que o fortalecimento dos laços comerciais com a China reforça a confiança em um futuro compartilhado, baseado em benefícios mútuos, justiça e cooperação global.

Ao mesmo tempo em que consolidam a cooperação em áreas tradicionais, a China e os países do Sul da Ásia expandiram a cooperação em áreas emergentes, como novas energias, energia fotovoltaica, veículos elétricos, tecnologia digital e comércio eletrônico transfronteiriço, para ter benefícios complementares.

"O desenvolvimento da China em tecnologia verde é um exemplo para nós. Ao compartilhar conhecimento e investir em projetos sustentáveis, podemos criar empregos, proteger nosso meio ambiente e garantir que nossas economias prosperem por gerações", disse Ahmed Nazim, vice-presidente do Majlis Popular das Maldivas.

Foto tirada no dia 19 de junho de 2025 mostra vista do Centro Internacional de Convenções e Exposições Kunming Dianchi, sede da 9ª edição da Exposição China-Sul da Ásia, em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China. (Xinhua/Hu Chao)

OPORTUNIDADES COMPARTILHADAS

Em meio aos crescentes desafios globais de unilateralismo e protecionismo, a exposição mostra o compromisso da China com a abertura e seu apoio ao sistema multilateral de comércio.

O vice-primeiro-ministro vietnamita, Tran Hong Ha, afirmou que a exposição simboliza oportunidades compartilhadas entre as economias da China, do Sul da Ásia e da ASEAN, visando um desenvolvimento comum pacífico, sustentável e inclusivo.

"A exposição tem um papel essencial no desenvolvimento de parcerias regionais e no fortalecimento dos laços econômicos entre os países do Sul da Ásia. No mundo interconectado de hoje, essas iniciativas são essenciais para o bem-estar e a prosperidade das nações", disse Mawlawi Abdul Salam Hanafi, vice-primeiro-ministro interino do governo interino do Afeganistão.

Além da exposição, a China continua fortalecendo os laços com os países do Sul da Ásia de outras maneiras. O Acordo de Livre Comércio China-Maldivas entrou em vigor este ano e há negociações em andamento para atualizar o acordo de desenvolvimento com Bangladesh.

A China também concedeu tratamento tarifário zero para cobrir 100% das linhas tarifárias para os países menos desenvolvidos do Sul da Ásia, incluindo Nepal, Bangladesh e Afeganistão, oferecendo melhor acesso ao vasto mercado chinês.

Menina olha produtos culturais e criativos em área de exposição com o tema "Estadia em Yunnan" na 9ª edição da Exposição China-Sul da Ásia em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China, no dia 20 de junho de 2025. (Xinhua/Gao Yongwei)

A China continua comprometida com a abertura de alto nível e está promovendo a modernização chinesa por meio do desenvolvimento de alta qualidade, um processo que criará oportunidades importantes de cooperação com países ao redor do mundo, incluindo os do Sul da Ásia, de acordo com o vice-ministro do Comércio da China, Yan Dong.

"A estratégia da China para expandir a abertura de alto nível, reduzindo barreiras comerciais, melhorando o acesso a mercados e incentivando a inovação, não só beneficiou sua própria economia, mas também criou oportunidades importantes para nações em desenvolvimento como o Sri Lanka", disse Wijesuriya.

Ele destacou que, apesar dos obstáculos globais, a China continuou reduzindo tarifas, promovendo o comércio justo e se engajando em plataformas de cooperação regional, como a Parceria Econômica Regional Abrangente, apoiando a recuperação econômica global e oferecendo ao Sri Lanka um parceiro confiável para superar os desafios econômicos.

"Ao defender o livre comércio, promover a conectividade e expandir o desenvolvimento inclusivo, a China está ajudando a trazer maior estabilidade e certeza a um cenário econômico global frágil", disse Wijesuriya.

(Repórteres de vídeo: Xiong Xuan'ang, Hong Liang, Sun Min, Wang Anhaowei, Zeng Wei e Xie Wentao; edição de vídeo: Wu Yao, Zhu Cong e Liu Ruoshi)