Convidados participam da cerimônia de inauguração do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial China-Emirados Árabes Unidos (EAU), no Pavilhão da China da Dubai Expo City, em Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), em 6 de dezembro de 2024. (Xinhua/Wen Xinnian)

Os países árabes e a China compartilham uma posição comum em questões globais, especialmente um compromisso conjunto com o direito internacional, apoio ao multilateralismo e oposição ao hegemonismo e à "duplicidade de critérios".

Cairo, 23 jun (Xinhua) -- Elogiando o progresso substancial nas relações entre árabes e chineses, um alto funcionário árabe defendeu a construção de um sistema de governança econômica global mais equitativo e inclusivo.

Os países árabes e a China sempre se apoiaram mutuamente e compartilham uma posição comum em questões globais, disse Mohammed Ahmed Al-Yamahi, presidente do Parlamento Árabe, em entrevista recente à Xinhua.

Os dois lados trabalham juntos para proteger o sistema comercial global e os interesses dos países em desenvolvimento, além de promover o desenvolvimento de um sistema de governança econômica global mais equitativo e inclusivo, afirmou ele.

A autoridade também destacou o apoio mútuo entre as duas partes em questões relacionadas aos interesses essenciais de cada uma.

A China apoia firmemente a justa causa dos países árabes, especialmente a justa causa do povo palestino na restauração de seus legítimos direitos nacionais, disse Al-Yamahi.

Os países árabes defendem firmemente o princípio de Uma Só China, opõem-se resolutamente a qualquer forma de "independência de Taiwan" e apoiam fortemente os esforços do governo chinês para alcançar a reunificação nacional, afirmou.

O intercâmbio e a cooperação entre os países árabes e a China, caracterizados pelo respeito mútuo e pela busca conjunta de resultados vantajosos para ambas as partes, têm se aprofundado continuamente em vários campos, incluindo política, economia e cultura, observou.

Ele elogiou o mecanismo de intercâmbio entre o Parlamento Árabe e a Assembleia Popular Nacional (APN) da China, afirmando que ele não apenas aprimora as interações entre as duas partes, mas também promove o compartilhamento de experiências em supervisão legislativa e outras áreas cruciais.

Convidados aprendem sobre um projeto de energia limpa na sexta Expo China-Estados Árabes em Yinchuan, Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, noroeste da China, em 22 de setembro de 2023. (Xinhua/Feng Kaihua)

Tal mecanismo facilitou significativamente a coordenação em estruturas bilaterais e multilaterais e forneceu sólido apoio legislativo para a colaboração em áreas-chave como economia, cultura e ciência, afirmou.

"O Parlamento Árabe, por meio de sua cooperação com a APN da China, está promovendo ativamente políticas que fomentam a paz e o desenvolvimento para os países árabes, a China e a comunidade global", disse o palestrante.

Ele enfatizou que os países árabes e a China compartilham uma posição comum em questões globais, especialmente um compromisso conjunto com o direito internacional, apoio ao multilateralismo e oposição ao hegemonismo e à "duplicidade de critérios".

Al-Yamahi observou que o mundo enfrenta desafios crescentes, acrescentando que as políticas protecionistas adotadas por alguns países ameaçam a estabilidade do comércio internacional e prejudicam os interesses dos países em desenvolvimento.

"As políticas protecionistas dos Estados Unidos contradizem os princípios do sistema multilateral de comércio, prejudicam as cadeias de suprimentos globais e minam o crescimento econômico inclusivo", afirmou.

Ele apelou a todos os países para que fortaleçam a cooperação internacional e trabalhem para a construção de um sistema de governança econômica global mais equitativo e inclusivo, a fim de melhor salvaguardar os interesses econômicos e de desenvolvimento do vasto número de países em desenvolvimento.