Rio de janeiro, 2 jul (Xinhua) -- O Conselho Popular do BRICS realizará sua primeira reunião oficial nos dias 4 e 5 de julho no Rio de Janeiro, antes da 17ª Cúpula de Líderes do bloco, que acontecerá nos dias 6 e 7 de julho nesta cidade brasileira. O encontro reunirá movimentos populares e organizações da sociedade civil dos países-membros, com o objetivo de fortalecer a participação cidadã na agenda do grupo.
De acordo com os organizadores, o evento busca consolidar o Conselho como um espaço permanente de formulação de propostas alternativas da sociedade civil, com o objetivo de ampliar a democracia participativa no BRICS. Ao final das sessões, um documento com as principais propostas será apresentado e entregue aos chefes de Estado do bloco. As atividades acontecerão no Teatro Carlos Gomes, localizado na Praça Tiradentes, no centro histórico do Rio de Janeiro, e contarão com sessões públicas com a presença de conselheiros nacionais dos países-membros.
O Conselho, oficialmente denominado Conselho Civil do BRICS, foi concebido após discussões no Fórum Civil realizado em julho de 2024 em Kazan, Rússia, e conta com o apoio de todos os líderes do bloco. Cada país-membro formou seu respectivo conselho nacional, responsável por canalizar as contribuições locais para o processo coletivo.
Em 2025, foram criados sete grupos de trabalho temáticos: saúde, educação, ecologia, cultura, finanças, segurança e institucionalidade. Esses temas se alinham às prioridades estabelecidas pela presidência rotativa brasileira do BRICS durante o corrente ano.
O BRICS é um grupo de economias emergentes composto por onze países-membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. A eles se juntam países parceiros como Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.
Os organizadores esperam que a iniciativa civil contribua para fortalecer a dimensão social do BRICS e promova uma abordagem mais inclusiva às discussões sobre governança global, desenvolvimento sustentável e cooperação Sul-Sul.