Beijing, 15 jul (Xinhua) -- O comércio exterior da China manteve a recuperação no primeiro semestre de 2025, com as importações retomando o crescimento positivo em junho, já que a segunda maior economia do mundo demonstrou resiliência apesar das incertezas econômicas globais.

   As importações e exportações totais de bens do país em termos denominados em yuan aumentaram a um ritmo de 2,9% durante o período de janeiro a junho, alcançando 21,79 trilhões de yuans (US$ 3,05 trilhões), um recorde para o período, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas (AGC) na segunda-feira.

   A taxa de crescimento registrou expansão ante o aumento de 2,5% registrado nos primeiros cinco meses do ano.

   Descrevendo o desempenho do comércio exterior no primeiro semestre como "duramente conquistado", o vice-chefe da AGC, Wang Lingjun, disse em entrevista coletiva que a China ainda enfrenta um crescente unilateralismo e protecionismo globais, que aumentaram a complexidade e a incerteza do ambiente externo. Ele ressaltou que são necessários "esforços árduos" para estabilizar o crescimento do comércio exterior no segundo semestre do ano.

   As exportações da China aumentaram 7,2% durante o primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações caíram 2,7%, de acordo com os dados da AGC.

   Somente em junho, as exportações do país subiram anualmente 7,2%, enquanto as importações aumentaram 2,3%, revertendo o declínio de 2,1% registrado em maio.

   Os dados de segunda-feira também mostraram melhorias estruturais contínuas no comércio exterior da China.

   As exportações de produtos de alta tecnologia mantiveram um forte crescimento no primeiro semestre do ano, subindo 9,2% ano a ano. Notavelmente, as marcas chinesas representaram uma parcela maior do total, atingindo 32,4%.

   Em termos de parceiros comerciais, o comércio entre a China e a ASEAN totalizou 3,67 trilhões de yuans, um aumento anual de 9,6%. O comércio da China com a União Europeia aumentou 3,5% ano a ano, para 2,82 trilhões de yuans, enquanto o comércio com os Estados Unidos diminuiu 9,3% ano a ano, para 2,08 trilhões de yuans, de acordo com os dados.

   O comércio da China com os países parceiros do Cinturão e Rota aumentou 4,7%, para 11,29 trilhões de yuans, e o comércio com os países africanos subiu 14,4%, para 1,18 trilhão de yuans durante o período.

   Wang observou que a China tem força, confiança e capacidade para superar vários riscos e desafios, citando seus mercados diversificados e estáveis, produtos inovadores e competitivos e exportadores resilientes como principais amortecedores contra riscos externos.

   Os dados de comércio exterior foram divulgados um dia antes dos outros indicadores-chave econômicos do país para o primeiro semestre do ano, incluindo PIB, vendas no varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos.

   A economia da China cresceu 5,3% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, superando o crescimento anual de 5% em 2024. O país estabeleceu uma meta de crescimento anual de cerca de 5% para 2025.