Figuras públicas japonesas exigem que primeira-ministra Takaichi se retrate das declarações sobre Taiwan-Xinhua

Figuras públicas japonesas exigem que primeira-ministra Takaichi se retrate das declarações sobre Taiwan

2025-12-11 10:32:25丨portuguese.xinhuanet.com

Takakage Fujita, secretário-geral da Associação para a Herança e Propagação da Declaração de Murayama, lê declaração exigindo que Takaichi se retrate de seus comentários em uma coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

Tóquio, 9 dez (Xinhua) -- Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China.

As declarações de Takaichi na Dieta claramente se desviaram da posição fundamental mantida pelos sucessivos governos japoneses sobre a questão de Taiwan, disseram os participantes do evento organizado pela Associação para a Herança e Propagação da Declaração de Murayama, um grupo da sociedade civil japonesa.

No evento, Takakage Fujita, secretário-geral do grupo, leu uma declaração exigindo que Takaichi se retratasse de suas declarações.

A declaração dizia que as observações de Takaichi na Dieta representavam um claro afastamento das do governo anterior, e que essa foi a primeira vez na Dieta que um primeiro-ministro japonês indicava que o Japão assumiria uma postura de guerra em caso de uma "contingência em Taiwan", o que poderia ser interpretado como um ressurgimento do militarismo japonês.

A declaração também acusava o Japão de incentivar as tensões atuais enquanto se apresentava como vítima, e instava Takaichi a reconhecer que a questão de Taiwan é um assunto interno da China e a se retratar imediatamente.

Kumiko Haba, professora emérita da Universidade Aoyama Gakuin, disse que os comentários de Takaichi contradizem a ordem internacional do pós-guerra, observando que a Declaração do Cairo de 1943 e a Proclamação de Potsdam de 1945 reafirmaram a soberania da China sobre Taiwan.

As declarações de Takaichi se afastaram da posição de longa data do governo japonês, acrescentou ela.

Kazuhiko Togo, especialista em política internacional e ex-diplomata, disse que as declarações de Takaichi colocaram as relações entre Japão e China em uma situação extremamente difícil.

Ele enfatizou que os compromissos relacionados a Taiwan na Declaração Conjunta China-Japão de 1972 foram finalizados somente após sérias negociações entre as duas partes. A China tem exigido consistentemente que o Japão a cumpra rigorosamente, e Takaichi deveria dar a devida atenção à questão, acrescentou ele.

O economista político Kazuhide Uekusa disse que Takaichi apresentou explicações contraditórias, dizendo, por um lado, que suas declarações sobre Taiwan não representavam uma posição unificada do governo, enquanto, por outro, insistia que suas declarações na Dieta "não alteram as posições de longa data do governo japonês".

Ele disse que essas explicações só podem ser interpretadas como tentativas de obscurecer a questão ou desviar o debate, e pediu que Takaichi corrija seu erro em vez de se esquivar da responsabilidade.

Atsushi Okamoto, ex-editor-chefe da revista Sekai, disse que Takaichi mencionou repetidamente a possibilidade de "diálogos" com a China, mas que um diálogo significativo deve ser baseado no respeito mútuo, na igualdade e em esforços para compreender o outro lado.

"Sua atitude atual não atende às condições para um diálogo genuíno", disse ele.

Masakatsu Adachi, professor emérito da Universidade Kanto Gakuin, destacou que, desde que assumiu o cargo, Takaichi defendeu revisões dos três documentos de segurança do Japão, flexibilizou as restrições à exportação de armas e expandiu os gastos com defesa, ao mesmo tempo em que pressionou por uma lei antiespionagem e discutiu a criação de um órgão nacional de inteligência.

Ele disse que essas medidas, na essência, fortaleceram os controles internos de informação e a coleta de inteligência externa, e alertou que elas estão levando o Japão à guerra.

Kazuhiko Togo, especialista em política internacional e ex-diplomata, discursa em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

Masakatsu Adachi, professor emérito da Universidade Kanto Gakuin, discursa em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

O economista político, Kazuhide Uekusa, discursa em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

Atsushi Okamoto, ex-editor-chefe da revista Sekai, discursa em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

Kumiko Haba, professora emérita da Universidade Aoyama Gakuin, discursa em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão, em 8 de dezembro de 2025. Mais de uma dúzia de acadêmicos japoneses, ex-funcionários do governo e figuras da mídia realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira, pedindo que a primeira-ministra Sanae Takaichi se retrate imediatamente de suas declarações equivocadas sobre Taiwan, alertando que os comentários poderiam tensionar ainda mais as relações entre Japão e China. (Xinhua/Li Ziyue)

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