
Foto tirada no dia 29 de junho de 2023 mostra Casa Branca em Washington, D.C., Estados Unidos. (Foto por Aaron Schwartz/Xinhua)
Ignorando os apelos predominantes por paz, desenvolvimento, cooperação e prosperidade na região da Ásia-Pacífico, a "estratégia Indo-Pacífico" de Washington inevitavelmente levará ao fracasso.
Beijing, 19 ago (Xinhua) -- Os líderes dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul se reuniram em Camp David na sexta-feira para revelar os planos para fortalecer os laços militares enquanto propagavam deliberadamente a retórica sobre a tal "ameaça da China".
Orquestrado sob orientação dos EUA, o trio está se esforçando para criar um grupo geopolítico fechado e exclusivo com o pretexto de "cooperação de segurança".
Inevitavelmente, essa manobra atiçará o antagonismo, comprometerá a segurança estratégica de outros países e colocará em risco a estabilidade regional. Ao instigar a divisão e intensificar a oposição, a reunião representa uma jogada perigosa que pode ressuscitar o espectro da Guerra Fria.
Os Estados Unidos persuadindo ativamente o Japão e a Coreia do Sul não passam de um lobo em pele de cordeiro. Em vez de considerar os interesses de segurança de ambos os países, os levam para um precipício.
Se a história servir de exemplo, onde quer que os tentáculos militares dos Estados Unidos cheguem, a paz será ilusória. Veja o que os Estados Unidos fizeram no Oriente Médio e na Europa, além do que têm feito na região da Ásia-Pacífico. A má intenção de Washington é evidente.
A tal "cooperação de segurança" é só uma fachada para os Estados Unidos explorarem as vulnerabilidades psicológicas de certos países e venderem ansiedades de segurança.
A chamada cooperação militar de Washington com o Japão e a Coreia do Sul, construída para minar a segurança estratégica de outras nações, não pode manter os dois países seguros. Em vez disso, aumentará os riscos de segurança na região; em última análise, o Japão e a Coreia do Sul serão as vítimas.
Os Estados Unidos fazem o possível para forjar alianças na região da Ásia-Pacífico, impulsionados por uma tentativa desesperada de salvar seu poder hegemônico.

Foto tirada em 20 de abril de 2022 mostra o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) em Washington, D.C., Estados Unidos. (Xinhua/Liu Jie)
Nos últimos anos, os Estados Unidos têm ativamente atrelado países regionais ao movimento da "estratégia Indo-Pacífico" de Washington, comercializando a "estrutura econômica Indo-Pacífico", reforçando a aliança Five Eyes, remendando o QUAD, manipulando a OTAN para interferir na Ásia-Pacífico e coagir os países da região a tomar lado. O motivo por trás dessas ações é manter o domínio da América.
A região da Ásia-Pacífico é um terreno fértil para o desenvolvimento e a cooperação, não um campo de batalha para potências hegemônicas. Os países da região não querem escolher lados e apostar em facções.
O impulso agressivo dos Estados Unidos para a tal "estratégia Indo-Pacífico" está desmantelando a arquitetura bem estabelecida de cooperação regional e minando o progresso duramente conquistado em direção ao desenvolvimento pacífico cultivado pelos países da região por décadas.
Ignorando insensivelmente os apelos predominantes das nações regionais por paz, desenvolvimento, cooperação e prosperidade, as tentativas imprudentes de Washington de reverter o progresso histórico inevitavelmente levarão ao fracasso.

Grupos cívicos e residentes locais protestam nas ruas contra laboratórios biológicos dos EUA perto de uma base militar dos EUA em Busan, Coreia do Sul, no dia 5 de abril de 2022. (Foto por James Lee/Xinhua)
A comunicação e a cooperação autênticas entre as nações devem se concentrar em aumentar a prosperidade regional e preservar a paz e a estabilidade globais. Os três líderes que participaram da reunião de Camp David devem entender esse princípio reconhecido internacionalmente.
Os Estados Unidos precisam parar com suas motivações militares na área da Ásia-Pacífico. Já o Japão e a Coreia do Sul não devem ser peões da hegemonia dos EUA, para não entrarem desacordo com a maioria das nações regionais.




